Pular para o conteúdo principal

O escoteiro voador

Esse não é um conto não é uma história fictícia é sim um relato do meu primeiro acampamento com 12 anos de idade.
No final de julho de 1989, foi o meu primeiro acampamento escoteiro na Praia Grande em um lugar chamado Portinho, aqui mesmo em Praia Grande SP, que hoje está bem organizado mas na época nem tanto. Foi um acampamento de tropa e eu na minha patrulha muito ansioso é muito feliz por ser meu primeiro acampamento, e foi muito bacana, fazia parte da Patrulha Leão, meu monitor era o Fábio, o sub monitor era o Eduardo (conhecido como Horácio), tinha o Valter e o Rodrigo.
Tudo normal durante o primeiro dia, a noite com meu primeiro Fogo de Conselho, ronda noturna, dormir nas barracas tipo "canadenses super 5" e tinhamos uma "super 3" para intendência, com roncos, picadas de pernilongos "porvinha" típicos do local, mas pela Manhã veio um temporal chuva forte e a chefia, acertadamente decidiu por desmontar o acampamento, e a estratégia adotada foi manter a barraca de intendência montada, abrigando o material até a chagada do ônibus e desmontar todas as demais barracas (éramos em 4 Patrulhas: Leão, Pantera, Raposa e Guaxinim), e eu fui designado para ficar dentro da intendência arrumando para caber tudo.
Quando de forma repentina, vei um forte vento, que aqui na região chamamos de "vento noroeste" que inflou a barraca super 3, da intendência a mesma, com a força do vento se desprendeu dos espeques, mesmo cheia de material e mais um escoteiro dentro, "decolou" a uma altura de aproximada de meio metro (parece baixo para quem está vendo de fora, mas muito alto para quem está dentro), e fez um vôo de dois metros. A sensação não era de estar em um avião ou helicóptero, mas sim de uma máquina de lavar no modo centrífuga, com todo material rolando e caindo na cabeça.
Não me machuquei, a chefia quase apostou que o escoteiro não voltaria.
No sábado seguinte o escoteiro voltou e está no movimento escoteiro até hoje, e escrevendo aqui essa lembrança.
Não desistam na primeira dificuldade, ela vai virar uma boa lembrança.
Curta, comente e compartilha
Sempre Alerta

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

É gravatinha?

Qual membro do movimento escoteiro, independente do ramo (lobinho, escoteiro, sênior, pioneiro ou chefia), não ouviu essa pergunta sobre nosso lenço: Tem que usar no pescoço essa gravatinha? O lenço escoteiro, é muito, mas muito além de um adorno como uma simples gravata, ele é um símbolo, que é usado por todos membros do movimento escoteiro no mundo, independente do país, da associação, de grupo, de uniforme ou vestimenta, o lenço está presente. Presente na memória como símbolo de cada grupo, símbolo que marca a vida mais que uma tatuagem, marca ótimas lembranças no coração, no íntimo e no profundo, nas boas e alegres lembranças da época que formava com a patrulha, que o lenço foi usado como tipóia (primeiro socorros), ou como vedação dos olhos em alguns jogos e até mesmo representando a "vida" em outros jogos. Esse tecido triangular, lembrando os três pilares da promessa escoteira: Deus, pátria e próximo. Enrolado para mostrar que as três fazem o conjunto do que somos, Esco

O Escoteiro secreto

Em um Grupo Escoteiro tão, tão distante, havia um jovem escoteiro sênior, no alge dos seus experientes 16 anos (segundo achava ele), que cresceu dentro do movimento escoteiro, mas ao chegar na fase complicada da adolescência, começou, por alguns momentos, a sentir vergonha de usar o seu uniforme com distintivos, de eficiência 1 e suas especialidades (antes tão amados), pois alguns colegas da sua escola ao virem ele uniformizado, riram dele devido ao meião, o chamando do personagem Kiko do saudoso seriado Chaves, e justamente por entres esses colegas, havia uma garota que ele achava muito bonita, então envergonhado, resolveu ir para a atividade sem calçar o seu meião e sem usar sua gandóla (a camisa como alguns chamam) e sem seu lenço, levando em uma sacola ou mochila e vestindo os mesmos na porta da sede. Seu chefe de tropa ao perceber, a princípio imaginou que estaria vindo de algum outro compromisso e não estava dando tempo para se trocar, afinal o jovem trabalhava também

Fogo de conselho

Ah, como é bom participar de um Fogo de conselho, mais que uma cerimônia de acampamento, uma tradição, um legado que os Grupos Escoteiros passam de geração em geração. Mais que uma reunião ao redor de uma fogueira; Mais que uma roda de canções; Mais que um momento de esquetes teatrais (algumas engraçadas outra que ninguém entende, mas vale o esforço da patrulha); O Fogo de conselho, remota das viagens de Baden Powell pelas tribos africanas, onde se reuniam ao redor do fogo e passavam seus conhecimentos através de canções que celebravam seus guerreiros, contavam histórias sobre as grandes caçadas, e exibiram orgulhoso suas cicatrizes de guerra e caça. Tudo isso Baden Powell trouxe para o Escotismo através do fogo de conselho, que dever ser realizado na última noite do acampamento, acendido sempre de formas criativas e variadas, usando uma brasa do último fogo, para simbolizar que a chama não se apaga, o que as Patrulhas contam suas histórias através de esquetes, e exibem suas cicatrizes